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Deteção

​Os testes de diagnóstico são bastante úteis e importantes na deteção do GHB ou compostos relacionados quando se pretende verificar se é o causador do coma num doente em overdose, se foi usado num caso de violação ou se desempenha algum papel na morte de uma vítima.

A única limitação é a curta janela de deteção (12h) quer no sangue quer na urina, que torna difícil por vezes confirmar a sua administração.

Assim, o GHB pode ser detetado na saliva através da realização de uma cromatografia gasosa ou espetometria de massa. Contudo, a janela de deteção das concentrações de GHB na saliva não será tão grande quando comparada com a janela de deteção na urina ou no sangue (12h), começando a ser detetado no sangue 4 a 5h depois da administração e na urina 8 a 10h após.

Existem métodos colorimétricos de execução rápida  de forma a determinar a presença do GHB ou GBL nas amostras de urina, usando o teste com hidroxamato férrico. O limite de deteção é de 0,1 mg/ml por cada ml de amostra de urina, e um resultado positivo dá-se pela conversão de cor da amostra para roxo, sendo que não faz distinção entre o GHB e a GBL.
Há, contudo, métodos mais sofisticados, como a cromatografia gasosa com detetor de ionização de chama. Este método deteta ambos os compostos por análise das amostras, com ou sem hidrólise ácida para converter o GHB em GBL, e o limite de deteção é de 0,5 mg/L.


Outros métodos


• Espetroscopia de ressonância magnética nuclear;
• Cromatografia micelar eletrocinética;
• Eletroforese capilar com absorção indireta no ultravioleta;
• HPLC (cromatografia líquida de alta eficiência) com espetrofotometria no UV ou UV/Vis.

Confirmação


Existem vários métodos diretos de quantificação do GHB, mas o mais usado é a cromatografia gasosa/espectrofotometria de massa, geralmente mais sensível do que o HPLC com deteção no UV (254nm) e do que a cromatografia micelar eletrocinética.
A cromatografia gasosa/espetometria de massa inclui um passo de hidrólise ácida para conversão do GHB em GBL e um passo de análise direta do GHB depois duma extração líquido-líquido. Esta extração envolve um solvente orgânico e derivatização para combater a degradação térmica e melhorar as formas do pico cromatográfico do GHB com BSTFA (bis-trimetilsilil-trifluoroacetamida) com 1% de TMCS (trimetilclorolisano).




Análise de amostras ilícitas


Muitas amostras de GHB podem conter GBL. Assim, para analisar as amostras ilícitas de precursores do GHB (como sejam a GBL, 1,4-butanediol, anidrido maleico) e ter informação sobre a origem das mesmas, podemos recorrer a uma cromatografia gasosa/espetrometria de massa ou a um HPLC/espetofrotometria UV-Vis.









Geralmente não estão disponíveis kits comerciais para a deteção do GHB.

Referências Bibliográficas

Barceloux, D. G., Palmer, R. B.. Medical Toxicology of Drugs Abuse: synthesized chemicals and psychoactive plants, 1st ed  2012, John Wiley & Sons p. 89-100



Gahlinger, P.M., Club drugs: MDMA, gamma-hydroxybutyrate (GHB), Rohypnol, and ketamine. Am Fam Physician, 2004. 69(11): p. 2619-26

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